4.6.08

Dura Lex Sed Lex

A UEFA deliberou. Para o ano, os adeptos do Futebol Clube do Porto não poderão apoiar a sua equipa nas competições europeias. O motivo?

"Recorde-se que em causa estava a alínea d) do ponto 1.04 do Regulamento de Competições da Liga dos Campeões, segundo o qual, para que um clube seja inscrito, "não pode estar ou ter estado envolvido em qualquer actividade relacionada com combinar ou influenciar o desfecho de um jogo, a nível nacional ou internacional".

Os portistas foram condenados por dois actos de tentativa de corrupção a árbitros. Uma sentença da Liga Profissional, que não mereceu recurso dos tricampeões para o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, e que acabou mesmo por colidir com um dos critérios de admissão da UEFA para as competições europeias de clubes." in Record on-line

A decisão não é surpreendente. Ainda bem que há tomates na UEFA para fazer valer a Lei, que se espera que seja aplicada igualmente para futuros casos da mesma índole. Sim, é triste para o futebol português que a equipa que mais títulos e prestígio conquistou nos últimos 20 anos seja arredada desta forma do palco europeu, mas convenhamos: foi algo que o FC Porto chamou a si mesmo.

Não é ilusão de óptica, sr. Pinto da Costa...

Note-se o detalhe: a questão do não-recurso dos 6 pontos retirados ao FC Porto esta época poderá ter sido basilar na decisão final do órgão administrativo do futebol europeu. Porque terá a direcção do clube admitido passivamente esta sanção? Arrogância? Os 20 pontos de vantagem eram margem mais do que suficiente para que isto não passasse de um belisco, mas terão eles pensado nos efeitos a médio prazo? Claramente que não, e a onda de superioridade causada por este comportamento desfaz-se rapidamente na dura realidade do futebol europeu, onde não há margem para condescendências.

"O FC Porto terá agora três dias para recorrer para o comité de recursos da UEFA, podendo depois apelar para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD). No entanto, o recurso ao TAS pode não ser suficiente para evitar a ausência da Champions porque, segundo João Nogueira da Rocha, árbitro deste tribunal, o TAD demora em média seis meses a chegar a uma decisão, além de que a decisão da UEFA será vista como um acto administrativo e não jurídico." in Público on-line

Pois, é chato. É triste e até vergonhoso. Mas, acima de tudo, é justo.

1 comentário:

Cathy disse...

Espero que não te importes, mas convidei-te para escreveres aqui... http://ofereco-te-este-blog.blogspot.com/

A batata quente está contigo ;-)

Beijinhos