28.1.09

É a crise, senhores do espectáculo!

Cheira-me que Portugal este ano vai passar ao lado dos grandes festivais. E porquê? É só um pressentimento, por agora, mas os sinais não ajudam. A Câmara de Lisboa parece não querer ceder os terrenos do passeio marítimo de Algés para o Festival Alive!09, alegando ter outros planos para o recinto. Alive! para onde, então? Uma hipótese seria o Parque Tejo, já que o festival (?) Super Bock Super Rock está de malas aviadas para o estádio do Restelo. A verdade é que o Parque Tejo é um local com péssima acústica e visibilidade reduzida... a ver vamos. Falando então do Super Bock Super Rock, o ano de 2009 também não promete. Depois da desilusão do ano passado, o formato mantém-se: metade do festival no Porto e outra metade em Lisboa. Mas agora, só um dia em cada cidade. Os preços são de 40 euros para cada dia, ou 70 para os dois... quanto a nomes, o Porto para já segue na dianteira com os clássicos Depeche Mode. A acompanhar, Nouvelle Vague para adormecer a platéia - é bom com moderação em recinto fechado, mas será que funciona em formato festival de "rock"? E depois, Lisboa. The Killers, a banda que porventura lançou um dos álbuns mais irritantes e vazios dos últimos tempos, Day & Age. Ok, ok, Hot Fuss é bom, bastante bom, até. Mas depois disso tem sido a desgraça. E quanto os outros... teremos Vilar de Mouros? O Sudoeste conseguirá sair da mediocridade em que caíu nos últimos anos? Estará Paredes de Coura de regresso ao lugar de festival por excelência?

Nota positiva para o Lux que vai apresentar nomes como Gui Boratto, I'm From Barcelona e WhoMadeWho durante o mês de Fevereiro na mítica salinha dos fundos. Depois do brutal concerto de Cut Copy no final do ano passado, espero que as boas tendências se mantenham.

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