3.3.08

Vai sendo hora

Notas soltas de início de mês:

Alerta-se a navegação para o facto de, dependendo do meu estado de obstipação nasal, posso ressonar. Apesar de ser em volume modesto, isto pode-se tornar moderadamente incómodo para raparigas de estatura baixa, cabelo louro e voz estridente. O medo de ter herdado a pujança cavernosa do meu pai, todavia, está serenado. Pelo menos a vizinha de baixo ainda não veio, com o seu ar de drogada, queixar-se a meio da noite...

De entre os meus fetiches não tão assolapados assim, parece que há um que está rapidamente a sobrepor-se a todo e qualquer outro parâmetro de perfeição irracional, a juntar ao cabelo negro longo e a grandes olhos castanhos, quase negros: as covinhas no fundo das costas. Vêm aos pares, ali como quem chega aos rins e são uma perdição. Tenho dito.

Já a partir de hoje, entrei numa dieta semi-vegetariana. Um prato de comida aparentemente saudável por dia, para não entrar em cortes escabrosos com a carninha, que é tão boa e raios me partam se algum dia a abandono. Mas depois dos excessos dos últimos tempos, ando a precisar de abrandar um pouco. E, quem sabe, até me habitue.

Só precisava de readquirir a paciência que perdi para esperar pelos indecisos, deixar de me irritar e virar costas quando não se sai da cepa torta.

E sentir o gosto de partilhar o mesmo espaço durante não importa quanto tempo a falar do que quer que fosse enquanto sorrias e fazias uma covinha na bochecha direita. Parece que foi há tanto tempo... e os fugazes encontros não saciam como deveriam fazer.

Outra vez as covinhas.

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