2.5.08

Alva


Acho que seria capaz de por um pé no outro lado do Mundo e, com ele, todo o meu resto seguir-se-ia, atrás de um sonho. Com sorte, por entre os cúmulos de um estranho céu azul, os nossos caminhos cruzavam-se como agora, à descoberta de um novo paraíso.

Não sei se me apetece abrir a caixa de Pandora. Não, hoje não, talvez nem amanhã. Recordo vagamente saber onde moras, conhecer os ângulos com que semicerras os teus enormes olhos de quem sonha muito, muito alto, quando queres ver mais além do que o comum mortal. Não sei se me apetece andar ao som do teu pedido. Não, hoje não.

Apetece-me apenas deitar-me na relva e olhar as nuvens. De mão dada contigo.

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