1. Se não tens uma bicicleta, estás lixado;
2. Enquanto não tens um cartão CPR, estás lixado;
3. Se tens por hábito ir comer fora regularmente, estás lixado;
4. Enquanto não memorizas 20 horários de autocarros, estás lixado;
5. Quase toda a gente fala inglês...
6. ... porque tentar entender dinamarquês, é lixado!
7. Não haver metro é lixado;
8. Não haver concertos decentes durante o ano é lixado;
9. Não haver cinemas decentes na cidade é lixado;
10. E uma cerveja num bar custar 6 euros... lixado com f grande.
Qualquer semelhança com Portugal é pura coincidência!
20.1.09
17.1.09
Os camaradas do share
A RIAA (Recording Industry association of America) optou por parar as suas campanhas de "lobo mau" e retirar os processos massivos em tribunal que havia fazendo há anos a utilizadores de serviços peer-to-peer (P2P). A mesma companhia que forçou o Napster a "legalizar-se" e, consecutivamente, a desaparecer do mapa, vai agora pensar em novas medidas para parar o tráfico ilegal de música na Internet.
É que, pasme-se, a IFPI (International Federation of the Phonographic Industry, mais uma sigla para vocês hoje) revelou através de uma matemática apuradíssima que apenas 5% dos downloads de música no ano passado são legais, o que equivale a dizer que a indústria fonográfica capitalizou no mercado virtual cerca de 3,7 biliões de dólares o ano passado.
Pois bem, será isto o início do fim da perseguição aos utilizadores ou apenas uma mudança de alvo, passando a indústria fonográfica dos clientes aos provedores de serviços de partilha e pressionar os ISPs para limitarem o tráfego?
15.1.09
12.1.09
Modus operandi
Extracto da reunião preliminar de projecto com o meu orientador, hoje pelas 14h:
Ele (obviamente traduzido): "Aqui no BiRC não andamos a ver quem cá está e quem não está, ou se chega tarde ou cedo... geralmente estou aqui entre as 9 e as 4 da tarde, todos os dias, mas há todo o tipo de horários, podes entrar e sair às horas que quiseres. Se por acaso, estiveres doente ou te apetecer ir esquiar ou ver as vistas e não puderes vir, basta enviares um e-mail à Ellen [n.d. a secretária de administração] que ela põe no quadro à porta do gabinete dela que estás ausente [n.d. sim, ela tem um whiteboard onde afixa as pessoas que estão ausentes, e durante quanto tempo] e pronto. Também podes instalar a VPN para trabalhares a partir de casa..."
Eu (baixinho): "kekekeke."
Ele (obviamente traduzido): "Aqui no BiRC não andamos a ver quem cá está e quem não está, ou se chega tarde ou cedo... geralmente estou aqui entre as 9 e as 4 da tarde, todos os dias, mas há todo o tipo de horários, podes entrar e sair às horas que quiseres. Se por acaso, estiveres doente ou te apetecer ir esquiar ou ver as vistas e não puderes vir, basta enviares um e-mail à Ellen [n.d. a secretária de administração] que ela põe no quadro à porta do gabinete dela que estás ausente [n.d. sim, ela tem um whiteboard onde afixa as pessoas que estão ausentes, e durante quanto tempo] e pronto. Também podes instalar a VPN para trabalhares a partir de casa..."
Eu (baixinho): "kekekeke."
10.1.09
7.7.08
Qualquer dia...
Têm-me dito e é verdade, que o blog anda parado, desprovido de novidades, de textos, de imagens, et cetera. Há um bom e muito forte motivo para isso. Não é doença, não é nenhuma viagem (quem me dera), não fui raptado por um grupo israelita fundamentalista, não me cortaram a internet, nada disso.
A verdade é que, no último mês, tenho feito aquilo a que quase poderia chamar vida de casado. Como? Casado? Não, de todo, não me enforquei. Mas, convenhamos: já atingi o patamar perigoso de ter uma escova de dentes em casa alheia, entre outros patamares; o das compras no IKEA em conjunto, o da dedicação exclusiva em termos de vida social, o de jantar as 23h porque, enfim, há coisas mais interessantes para fazer.
E continuar este texto não é uma delas. Até qualquer dia!
A verdade é que, no último mês, tenho feito aquilo a que quase poderia chamar vida de casado. Como? Casado? Não, de todo, não me enforquei. Mas, convenhamos: já atingi o patamar perigoso de ter uma escova de dentes em casa alheia, entre outros patamares; o das compras no IKEA em conjunto, o da dedicação exclusiva em termos de vida social, o de jantar as 23h porque, enfim, há coisas mais interessantes para fazer.
E continuar este texto não é uma delas. Até qualquer dia!
22.6.08
Génio da lâmpada
Ronaldo? Sneijder? Schweinsteiger? Meninos de coro.
Andrei Arshavin, criativo do Zenit de S. Petersburgo (recém vencedores da Taça UEFA) e da selecção Russa é um deleite de ver jogar. Corre, finta, passa, remata, marca e dá a marcar. A capacidade rara de levar uma equipa às costas, durante 120 minutos, e de cortar defesas como se fossem manteiga num dia de Verão.
A minha aposta para melhor do torneio!
Andrei Arshavin, criativo do Zenit de S. Petersburgo (recém vencedores da Taça UEFA) e da selecção Russa é um deleite de ver jogar. Corre, finta, passa, remata, marca e dá a marcar. A capacidade rara de levar uma equipa às costas, durante 120 minutos, e de cortar defesas como se fossem manteiga num dia de Verão.
A minha aposta para melhor do torneio!
Crossing the Desert
So, the trip to Cambridge brought upon some unlucky consequences. The first of them being that the city itself is not as magical or appealing as it was before I actually went there. Reminds me a lot of Coimbra - an old traditional city that breathes from the undergrad students' life. Cambridge is very alike, with a parallel culture of colleges, balls and parties, made by and for the college students. And, boy, may I tell you, those parties are hideous. Another thing, the youth in Cambridge and the not-so-youth in Cambridge are two tottally distinct layers of society. While the later is unusually well-behaved and nice - the first is a modern portrait of scumbaginess, especially the girls, that seem to dress like cheap whores, almost every single one of them, whose only purpose is to show as much leg and boob as they can, with no aesthetic regard whatsoever.
All things considered, for someone who would drop there on a parachute, doesn't seem like the best of places to be spending three years.
But the worse thing was that I spent most of the time there sick. It all began with small shivers and the occasional fever, evolving to air shortage and blurred vision. Everything while on of my travelmates pushed us through endless and endless walks through the city, when all I yearned was for a bed. It wasn't pretty and I don't plan on repeating a trip under those conditions again.
When I came back to Portugal, things only got worse. My throat and tongue swollened to gargantuan levels and little white dots sprouted everywhere. I had fevers as high as 39.7ºC and, with the tireless help of my sweet girlfriend, managed to cope with the first day and a half. Then, I went to the doctor. Apparently, the closest hospital with an emergy service from where I live is Santa Maria, a huge general hospital. Like I feared, ER in a general hospital is messy, fast and with low quality. The doctor barely saw me or talked to me, the blood analysis was the basic-est of basics and the waiting times were painfully long.
After returning home with a brand new package of antibiotics, yet another great thing happened. Taking advantage of the antibiotic regime, a nice bunch of fungi invaded my tongue and mucosa, making the single act of eating an experience as painful as carving needles on your own mouth. So, here I am, not knowing what's a solid piece of food since Tuesday, and yet not knowing when I will. The doctor in Guarda, who I went to see yesterday, was much more polite and attentive than the Lisbon one, prescribed me with antifungics and something to gargle, and motivated me on holding on just 4 or 5 more days.
It's being a hell of a week. Can't wait for all this to end...
All things considered, for someone who would drop there on a parachute, doesn't seem like the best of places to be spending three years.
But the worse thing was that I spent most of the time there sick. It all began with small shivers and the occasional fever, evolving to air shortage and blurred vision. Everything while on of my travelmates pushed us through endless and endless walks through the city, when all I yearned was for a bed. It wasn't pretty and I don't plan on repeating a trip under those conditions again.
When I came back to Portugal, things only got worse. My throat and tongue swollened to gargantuan levels and little white dots sprouted everywhere. I had fevers as high as 39.7ºC and, with the tireless help of my sweet girlfriend, managed to cope with the first day and a half. Then, I went to the doctor. Apparently, the closest hospital with an emergy service from where I live is Santa Maria, a huge general hospital. Like I feared, ER in a general hospital is messy, fast and with low quality. The doctor barely saw me or talked to me, the blood analysis was the basic-est of basics and the waiting times were painfully long.
After returning home with a brand new package of antibiotics, yet another great thing happened. Taking advantage of the antibiotic regime, a nice bunch of fungi invaded my tongue and mucosa, making the single act of eating an experience as painful as carving needles on your own mouth. So, here I am, not knowing what's a solid piece of food since Tuesday, and yet not knowing when I will. The doctor in Guarda, who I went to see yesterday, was much more polite and attentive than the Lisbon one, prescribed me with antifungics and something to gargle, and motivated me on holding on just 4 or 5 more days.
It's being a hell of a week. Can't wait for all this to end...
13.6.08
9.6.08
8.6.08
Ouvi dizer de fonte segura
Finalmente abriram os olhos e instalaram a solidão à tua volta.
Será cruel admitir que o vazio que agora sentes peca por tardio? Que todos os alicerces que possas ter e que constróis com aparente vigor, delapidas com o gesto egoísta do capricho momentâneo?
Talvez por teres vindo ao engano. Talvez porque não gostas de estar aqui. Talvez porque não gostas de nós, como um todo. Soube há muito que o teu sorriso engana, ouvi dizer de fonte segura que já muita gente sabe a verdade.
Espero que não te sentes de novo ao meu lado.
Será cruel admitir que o vazio que agora sentes peca por tardio? Que todos os alicerces que possas ter e que constróis com aparente vigor, delapidas com o gesto egoísta do capricho momentâneo?
Talvez por teres vindo ao engano. Talvez porque não gostas de estar aqui. Talvez porque não gostas de nós, como um todo. Soube há muito que o teu sorriso engana, ouvi dizer de fonte segura que já muita gente sabe a verdade.
Espero que não te sentes de novo ao meu lado.
4.6.08
Dura Lex Sed Lex
A UEFA deliberou. Para o ano, os adeptos do Futebol Clube do Porto não poderão apoiar a sua equipa nas competições europeias. O motivo?
"Recorde-se que em causa estava a alínea d) do ponto 1.04 do Regulamento de Competições da Liga dos Campeões, segundo o qual, para que um clube seja inscrito, "não pode estar ou ter estado envolvido em qualquer actividade relacionada com combinar ou influenciar o desfecho de um jogo, a nível nacional ou internacional".
Os portistas foram condenados por dois actos de tentativa de corrupção a árbitros. Uma sentença da Liga Profissional, que não mereceu recurso dos tricampeões para o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, e que acabou mesmo por colidir com um dos critérios de admissão da UEFA para as competições europeias de clubes." in Record on-line
A decisão não é surpreendente. Ainda bem que há tomates na UEFA para fazer valer a Lei, que se espera que seja aplicada igualmente para futuros casos da mesma índole. Sim, é triste para o futebol português que a equipa que mais títulos e prestígio conquistou nos últimos 20 anos seja arredada desta forma do palco europeu, mas convenhamos: foi algo que o FC Porto chamou a si mesmo.
Note-se o detalhe: a questão do não-recurso dos 6 pontos retirados ao FC Porto esta época poderá ter sido basilar na decisão final do órgão administrativo do futebol europeu. Porque terá a direcção do clube admitido passivamente esta sanção? Arrogância? Os 20 pontos de vantagem eram margem mais do que suficiente para que isto não passasse de um belisco, mas terão eles pensado nos efeitos a médio prazo? Claramente que não, e a onda de superioridade causada por este comportamento desfaz-se rapidamente na dura realidade do futebol europeu, onde não há margem para condescendências.
"O FC Porto terá agora três dias para recorrer para o comité de recursos da UEFA, podendo depois apelar para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD). No entanto, o recurso ao TAS pode não ser suficiente para evitar a ausência da Champions porque, segundo João Nogueira da Rocha, árbitro deste tribunal, o TAD demora em média seis meses a chegar a uma decisão, além de que a decisão da UEFA será vista como um acto administrativo e não jurídico." in Público on-line
Pois, é chato. É triste e até vergonhoso. Mas, acima de tudo, é justo.
1.6.08
27.5.08
Thank You
You say that you've never been this happy in years. Maybe you're overreacting. Well, I'm pretty sure that you are. But let the silly words flow, I'm in a mood for that. There is an overflowing joy in your tiny green eyes, your open, candid smile. You ask me how can you ever repay my kindness. I would say that it is me who is in debt, for you have given back the magic to a soul that had long lost the touch.
For this time, we go unchecked. There will be no do's and dont's. As it should be.
For this time, we go unchecked. There will be no do's and dont's. As it should be.
23.5.08
19.5.08
15.5.08
Um outro tipo de vazio
Aquele que fica quando os olhares se cruzam sem vontade de ficar, apenas com o desejo de partir. Aquele que fica quando onde estamos é o último sítio onde queremos estar. Aquele que ocupa o espaço deixado pelos sorrisos, pelas confidências, pela intimidade que há muito se esqueceram. Aquele que está dentro da bagagem de mágoa deixada ao desbarato pela casa. Aquele que separa as margens que teimam em não se unir.
Aquele grande, surdo, insuportável vazio.
Aquele grande, surdo, insuportável vazio.
13.5.08
Marchar
Sou um soldadinho de chumbo.
A minha marcha é a promessa do encontro. O meu tambor rufa ao ritmo dos teus passos. Esquerdo, direito, esquerdo, direito, como os lados do coração. Um após o outro, em perfeita sintonia.
Sou um soldadinho de chumbo.
A minha arma é de brincar. A farda que uso não é minha, tem por dono quem a terá quando eu não mais a tiver. As minhas botas trazem a água para dentro, o meu chapéu já serviu de ninho às andorinhas da Primavera.
Sou um soldadinho de chumbo.
Porque não sei ser de outro modo, vou. Porque não conheço outro caminho, parto. E chego. E volto, sempre, de chumbo, sorridente, em andar apressado. Ao ritmo dos teus passos, marchando para mais uma promessa.
Esquerdo, direito.
A minha marcha é a promessa do encontro. O meu tambor rufa ao ritmo dos teus passos. Esquerdo, direito, esquerdo, direito, como os lados do coração. Um após o outro, em perfeita sintonia.
Sou um soldadinho de chumbo.
A minha arma é de brincar. A farda que uso não é minha, tem por dono quem a terá quando eu não mais a tiver. As minhas botas trazem a água para dentro, o meu chapéu já serviu de ninho às andorinhas da Primavera.
Sou um soldadinho de chumbo.
Porque não sei ser de outro modo, vou. Porque não conheço outro caminho, parto. E chego. E volto, sempre, de chumbo, sorridente, em andar apressado. Ao ritmo dos teus passos, marchando para mais uma promessa.
Esquerdo, direito.
12.5.08
The National @ Aula Magna
"You might need me more than you think you will."
Os The National já são uma banda de culto, também por terras lusas. Se provas fossem necessárias, o facto de que a Aula Magna esgotou em pouco mais de uma semana após os bilhetes terem sido postos à venda, é mais do que suficiente. E, se o fantástico Boxer de 2007 justifica plenamente a onda de apoio que a banda tem recebido por cá, a prestação ao vivo excede todas as expectativas (pelo menos, de quem ainda não os havia visto).
Para lá da qualidade inegável das músicas, Matt Berninger vagueia pelo palco como um lunático, ora em meditação sobre o microfone, ora em gritos loucos ao público que ele apelidara de "some kind of United Nations". O muro de som das guitarras, da bateria, do violino, do piano, puxa por nós, levanta-nos das cadeiras, toma conta dos nossos corpos para vencer a inércia do conforto. Contra-natura dançar à batida morna e a letras auto-depressivas? Hoje não. Definitivamente não com os National.
Boxer, Alligator e registos mais antigos foram revisitados, reorganizados e mostrados com uma roupagem ainda mais rica, ao vivo, do que em estúdio. Pela surpresa e entrega a cada momento do espectáculo, direi que Portugal é, este ano, um país abençoado por receber esta banda nada menos do que três vezes.
A primeira foi uma memorável vitória. As seguintes tornam-se necessidade.
"Raise our heavenly glasses to the heavens! Squalor Victoria! Squalor Victoria!"
Os The National já são uma banda de culto, também por terras lusas. Se provas fossem necessárias, o facto de que a Aula Magna esgotou em pouco mais de uma semana após os bilhetes terem sido postos à venda, é mais do que suficiente. E, se o fantástico Boxer de 2007 justifica plenamente a onda de apoio que a banda tem recebido por cá, a prestação ao vivo excede todas as expectativas (pelo menos, de quem ainda não os havia visto).
Para lá da qualidade inegável das músicas, Matt Berninger vagueia pelo palco como um lunático, ora em meditação sobre o microfone, ora em gritos loucos ao público que ele apelidara de "some kind of United Nations". O muro de som das guitarras, da bateria, do violino, do piano, puxa por nós, levanta-nos das cadeiras, toma conta dos nossos corpos para vencer a inércia do conforto. Contra-natura dançar à batida morna e a letras auto-depressivas? Hoje não. Definitivamente não com os National.
Boxer, Alligator e registos mais antigos foram revisitados, reorganizados e mostrados com uma roupagem ainda mais rica, ao vivo, do que em estúdio. Pela surpresa e entrega a cada momento do espectáculo, direi que Portugal é, este ano, um país abençoado por receber esta banda nada menos do que três vezes.
A primeira foi uma memorável vitória. As seguintes tornam-se necessidade.
"Raise our heavenly glasses to the heavens! Squalor Victoria! Squalor Victoria!"
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